26 de abril de 2012

Pagina de diário de um menino de rua


8 de fevereiro de 2012

Querido diário,

Hoje fiquei sem abrigo para dormir, pois o espaço onde dormia foi invadido por um grupo de meninos de rua. Eu ainda tentei expulsá-los, mas de nada serviu.
O mundo não é igual para todos. Muitos têm comida e casa onde morar. Que sorte que têm! Até deitam comida fora! E nem pensam nos meninos de rua que morrem à fome, por vezes. Querem sempre mais e mais coisas. Os humanos são assim: só têm ódio, ganância e nenhuma gentileza para com os mais pobres.
Ai! A minha vida é uma miséria! Mas ainda há pessoas que são amáveis e ajudam os mais pobres dando esmola e comida. Para sobreviver, tenho de roubar, o que não é correto. Por vezes, tenho frio de noite, principalmente no inverno. Hoje lá consegui encontrar uma casa abandonada com caixas de cartão; tapei os buracos com o cartão e o que sobrou serviu de cobertor para me aquecer e dormir mais ou menos bem.
Tchau, meu amigo.
        Ricardo


Autores: Carlos Xavier, João Pila (7º C)




23 de março de 2012

Querido diário,

Hoje o meu dia foi como os outros: andei a vender fósforos e ganhei pouco dinheiro. Quando cheguei a casa, o meu pai deu-me um ensaio de pancada, porque eu não tinha vendido nada e ia sendo apanhado pela “bófia” a roubar, porque estava cheio de fome.
Estou muito desanimado e triste! A minha irmã de 14 anos foi vendida a uma casa de prostituição. O meu irmão faz parte de um grupo de marginais e droga-se. Ainda por cima, a minha mãe tem cancro e está quase às portas da morte. Tenho medo de ficar fechado na ilusão… A minha mãe é quem me protege.
Assim passei mais um dia infeliz da minha vida! Até amanhã!

        Rui


Autores: Miguel Pereira e Pedro Gaboleiro (7º C)


Sem comentários:

Enviar um comentário

comentários